[Cerimónia] Matrimónio de John Rafael Viana Lobo e Flora de Monte Cristo

Uma das carruagens dos Viana Ferreira de Queirós pára na frente da Capela militar.

Sissi desce da carruagem com ajuda de seu pajem Carlos. Sissi usa um vestido que tem as cores do brasão de armas dos vianas, com o colar dos Ferreira de Queirós. Seus cabelos são presos com alguns cachos soltos..

Sissi cumprimenta os presentes com um aceno de cabeça. Vai até os tios e os abraça; até a prima Jadhe e também a abraça; vai até Rhya e Moritz e a abraça a prima, e cumprimentando com um aperto de mão seu namorado.

Senta-se ao lado da prima Celly, que estava muito bonita para a ocasião. Cumprimenta o primo John com um aceno de mão e um sorriso.

Philippus chega a capela, sem dar muito nas vistas.

Senta-se e espera que a cerimonia comece.

O Capelão estava muito contente. Viu sua capela encher e esvaziar em presenças inúmeras vezes, e nos últimos meses o número daqueles que visitavam este espaço sagrado era bem menor. Hoje era diferente. Um matrimónio sempre é motivo de alegria e júbilo. A Capela estava novamente enfeitada e limpa, e até mesmo os Anjos foram restaurados para este momento.

Conforme os presentes aproximavam-se e adentravam o local, o clérigo descia os degraus do presbitério e avançava na direcção destes para os cumprimentar. Apesar de todo o desgosto que sentia ultimamente de alguns seus irmãos eclesiásticos, e que já vinha sentindo há muitos anos, o paramentar-se o rejuvenescia. Apesar da sacralidade e seriedade das vestes, o clérigo sorria muito e por várias vezes sentiu sua velha face doer.

Seus votos nunca o impediram de bem vestir-se: Batina nova e paramentos caros sempre foram a paixão mundanas do Vigário de Coimbra, que apesar de mundano sempre direccionou-os a Jah. Hoje não era diferente: Batina violácea vinda de Roma, da qual estivera em Sínodo com o próprio Papa; seu anel de ouro, e os outros objectos referentes aos seus cargos. Os paramentos eram os de sempre, com fios de ouros e cruzes incrustadas de pedras preciosas.

Assim que a Rainha, a quem sempre foi um servo fiel e devoto, adentrou a Capela, o clérigo correu ao encontro de sua comitiva, ajoelhou-se e beijou-lhe o anel Real.

- Seja bem-vinda, Vossa Majestade, nesta humilde Capela. Que Vossa Majestade viva ainda muitos anos.

Depois de cumprimentar a Rainha, o clérigo retornou aos degraus do presbitério, e logo em seguida desceu-os novamente para cumprimentar Dom Richelieu e sua bela esposa e amiga Vivian Vianna Lobo.

- Jah o abençoe, meu senhor Visconde de Monserrate. depois cumprimentou sua amiga. - Minha senhora Viscondessa, é uma imensa alegria a rever. Não sabes como sinto falta de nossas longas conversas e de suas visitas à Paróquia de Aveiro, estes eram bons tempos. Hoje vivo a maior parte do tempo em silêncio, acredito que os dias mudaram. Conversaremos mais numa outra oportunidade, também tenho muito a contar.

Fllora olhou-se no espelho satisfeita. Seus olhos brilhavam e seu rosto estava corado de prazer. Dentro de alguns minutos a carruagem que a levaria para igreja chegaria.
Apanhou o vidro de perfume e espargiu atrás das orelhas e nos pulsos. John adorava seu perfume. Lançando mais um olhar para o espelho ela sorriu e depois desceu para sala.
Pouco depois, Caramelos adentra a sala.


- Senhorita, a carruagem lhe aguarda. Se me permite dizer a senhora está radiante, o sinhozinho Rafael é mesmo um rapaz de sorte. És a noiva mais linda que já vi durante toda a minha vida. Esse vestido branco todo bordado a mão lhe caiu muito bem.

- Faz uma vênia ao menino com um largo sorriso no rosto. – Eu que o diga Caramelos, quase não o reconheci quando entrou nessa sala, nunca o vi tão limpo e tão bem arrumado e quem vê o moleque falar assim até acredita que já vivestes o suficiente para ver tantas noivas. Sorri... Há e não me digas que pretendes encontrar uma namoradinha hoje? Olha para o menino que estava com a face vermelha de vergonha com o comentário. Vamos! Já estou bem atrasada.

Segurou delicadamente na mão de Caramelos e entrou na carruagem seguindo para Capela

- Senhora aconteceu alguma coisa? Você está triste! – disse Caramelos ao perceber que o sorriso de minutos atrás havia se desfeito.

- É meu pai... Recebi uma mensagem dele, dizia que não viria ao casamento, seu tempo de meditação no retiro da igreja ainda não concluiu.

Caramelos abraçou-a com carinho:

- Não fique assim senhora, hoje é um dia de alegria. E o Sr. Richelieu, pai do sinhozinho com certeza aceitará vosso pedido. Verás, dará tudo certo! Agora coloca aquele sorriso no rosto novamente.

Fllora sorriu com o otimismo de Caramelos.

Minutos depois... A carruagem para as portas da Capela Militar. O coração de Fllora então começa a bater mais acelerado.

- Vá Caramelos e vê se meu sogro já se encontra na Capela e diga que já aguardo na carruagem.


O menino saltou rapidamente, subiu as escadarias da capela e adentrou a igreja a procura de Dom Richelieu.

Cecillia e seu marido Grecco chegam ao casamento.

Sendo já avançada a hora, pois sentia algumas cólicas devido a barriga já saliente da gravidez e Grecco, por mais cuidadoso que fosse, achara melhor esperar para que a esposa ruivinha se sentisse melhor... todos os fatos correntes fizeram com que o casal chegasse um pouco atrasado. Mas mesmo assim, Cecillia , não sabendo se era fruto da gravidez, toda essa emoção que brotava em seus olhos, ou se apenas era o coraçãozinho feminino transparecendo felicidade pelos seus, choramingava nos ombros de Grecco, dizendo baixinho como tudo estava tão bonito e digno de uma princesa... e depois, mais emocionada que antes, notou mesmo que era uma princesa que se casaria. E tudo estava digno dela....

Deu a mão ao marido, e ao entrar no recinto, fez um leve sinal em respeito a Jah. Sorriu para alguns conhecidos, acenou para outros. Por fim deu o braço a Grecco. Avistou a rainha, em toda sua majestade, esbanjando bom gosto e ótimo humor. A ruiva pega, com os dedos de cada mão, umas partes do vestido, ergue levemente ao que inclina o corpo para a frente e cruza as pernas, fazendo uma reverência de forma medida e muito respeitosa... Por fim, segue ao seu destino, sentando-se num dos bancos perto de um vitral grande, afim de pegar um ventinho corriqueiro que insistia passar por lá e também, ter boa visão do casamento que se iniciará.

Dá um beijo leve nas maçãs do rosto de Grecco, enquanto Grecco, amoroso enxugava uma lagrimazinha rebelde que descia.

Os Condes de Arganil e Cantanhede chegam ligeiramente atrasados à cerimônia. Amber deixara de lado as vestes oficiais do Exército Real Português e trajava vestido de cetim dourado, com um corpete rosa envelhecido trabalhado em renda. Goblins, por sua vez, vestia um traje a rigor preto com os detalhes dourados, para combinar com a esposa.
O casal notou que a noiva entrava na Capela Militar e esperou alguns instantes antes de adentrá-la também, afim de não chamar muito à atenção. Feito isso, sentaram-se nos bancos reservados aos Condes e acompanharam o desenrolar a da cerimônia.

- Fllora está linda. Gosto de vê-la sorrir assim, gosto muito... - sussurra ao esposo.

Celestis Pallas também elogia a prima Sissi Edelweiss:

- Caprichastes no traje! E teus cabelos, sempre tão longos e bem cuidados!

Celly distraia-se, a brincar com as madeixas da prima enquanto a cerimônia não começava. Estava quase a fazer uma trancinha quando olhou para trás e viu o mundaréu de gente que já se instalara no recinto.

- Olha, ali está a Sheila, nossa prima! Também há outras pessoas queridas que eu faria muito gosto em cumprimentar! A noiva está a posicionar-se, aceitas ir comigo? É rapidinho!

Sem negar o pedido da prima, Sissi acompanha Celly. Passam pelo Monsenhor Guido, eterno amigo de seu pai falecido, Yochanan Viana:

- Bom dia, Guido! Não sei se o senhor se recorda de mim! Faço muito gosto de o senhor celebrar o casamento de meu primo John Rafael! A propósito, estás muito bem aparamentado!

Então o monsenhor, que já estava muito orgulhoso de seu bom gosto para as vestimentas, percebe que toda a gente estava a meter reparo com bons olhos. Celestis continua a passar pelos bancos e vai até Cecillia e Grecco que acabaram de chegar. Cecillia parecia emocionada, pois seus olhos estavam um pouco marejados:

- Bom dia, Cecillia, bom dia Grecco! Poxa, não sabia que estavam a esperar uma vidinha! Com certeza lhes trará muita alegria! Qualquer dia lhes faço outra visita...

Actoze, tio de John Rafael e sua esposa Coroniella também estavam ali a aguardar o casório. Celestis Pallas cumprimenta ambos, a lembrar-se das festas que já se encontraram, bem como, das vezes que se cruzaram pelas ruas do Porto. Era sempre muito bom rever os amigos.

Celia, companheira das tavernas, também estava lá. Apesar de ainda não frequentar muito ainda tais locais para pessoas mais velhas, Celestis se recorda de várias vezes ter dado uma passadinha por lá para almoçar. Passa por ela e também a cumprimenta com um terno abraço.

Por fim, encontram a Sheila e a convidam para sentar-se junto às meninas. Sheila estava esplêndida e o banco ficou ainda mais florido!

Thallesousa ao perceber que a capela ja estava ficando cheia, sente falta de sua sobrinha Liz e vai ate a porta para ver se ela ja estava chegando.

[i]Depois de sair da mansão um tanto atrasada Condessa Liz chega a capela militar, vestida de luto arruma carinhosamente as roupas de cada bebe, olha para as criadas e dá um sorriso, com a ajuda de Hades é conduzida até a porta da capela militar, percebe alguns olhares de surpresa e continua firme, alisa o anel com o brasão da família e respira fundo. Era o primeiro eventos após a morte do marido e ainda esta se adaptando a essa situação, percebe que seu Tio Thallesousa a espera, pega um dos gemeos no colo e segue em direção ao tio.

- Acho que estou um pouco atrasada não é meu tio. Abre um largo sorriso e adentra a capela. [i/]

Assim que escuto a voz de minha sobrinha perguntando se estava atrasada dou um sorriso e um beijo em sua face em seguida pego um dos meu sobrinhos no colo e acompanho a Liz para dentro da capela.

Saindo da sacristia, encaminha-se de seguida aos fiéis que o olham com alegria. Aproxima-se do altar e inclina-se perante a cruz de Christos. Descendo um pouco vai saudar a estátua de Aristóteles. Virando-se então para os fieis presentes na Igreja, Monsenhor Guid dirige-se ao noivo Dom John Rafael, cumprimentando-o e aguarda a entrada da noiva.

Vendo a entrada da noiva Dama Flora de Monte Cristo, de braço dado com o seu padrinho, dá indicação aos músicos para iniciarem a Marcha Nupcial.

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Marcha Nupcial toca...

Richelieu, que aguardava a chegada da noiva, resolveu entrar na capela por alguns minutos. Aproveitou a oportunidade para cumprimentar os convidados, inclusive a rainha, à qual fez uma respeitável vénia. Seguiu até o altar, abraçou o filho dando-lhe um leve tapa nas costas e balbuciando alguma coisa que o fez rir, sorriu à esposa e cumprimentou Monsenhor Monsterguid, que estava nos degraus do presbitério.
- Amém, Monsenhor. Bom revê-lo. Vejo que ainda goza de boa saúde, com a graça de Jah.
De repente, viu um menino entrar na capela, procurando-o: a noiva havia chegado. Assim, regressou à entrada do recinto para que pudesse acompanhar Fllora até o altar.
- Futura nora...Humm, mais bonita do que o habitual. Espero que faças o meu filho feliz, como merece. - disse oferecendo-lhe o braço.
Fazia frio naquele dia, o inverno estava a ser rigoroso e por isso sentiu a necessidade de continuar com a longa e pesada capa que lhe cobria praticamente todo o corpo. Por baixo, vestia um fato azul escuro com um colete bordado por cima, dando o requinte que a ocasião pedia.
Ao sinal do Monsenhor Monsterguid, a marcha nupcial teve início e então entraram na igreja sob os olhares atentos de todos os presentes.

– Graças a Jah, ele veio! Sorriu satisfeita com a aproximação do sogro.

Naquele dia de Janeiro, apesar do rigoroso frio tudo estava perfeito, a capela iluminada, com várias velas acesas, cheia de flores, estava engalanada para receber os noivos.
A nave estava lotada da mais fina sociedade do reino e dos convidados dos noivos que elegantes e alegres esperavam.
Desceu da carruagem e alegremente aceitou o braço ofertado pelo sogro.- Grata pelo elogio Senhor meu sogro, espero que meu noivo John Rafael também goste. E quanto a fazê-lo feliz só tenho uma coisa a dizer: Ele é minha vida! Sorriu afetuosamente.

A Marcha Nupcial começou a tocar, a porta principal abriu e Fllora, de braço com dom Richelieu, entrou lentamente, olhos brilhantes de emoção, lábios entreabertos em alegre sorriso.

Então já com a noiva no altar, o Capelão-mor cumprimenta brevemente os noivos e padrinhos, dando início à cerimónia.

Estamos hoje aqui reunidos para celebrar o sagrado matrimónio de Dom John Rafael Viana Lobo e de Dama Flora de Monte Cristo, testemunhado por seus padrinhos, bem como por todos vós. Dá-me uma grande alegria ter-vos aqui, para que recebam da Igreja o sacramento que irá trazer a vossa felicidade.

Não tomem de ânimo leve o compromisso que irão agora declarar diante de todos. Vocês vão unir-se para o melhor ou para o pior, vocês vão enfrentar as dificuldades, as disputas e as tristezas. Mas com a ajuda de Jah e dos ensinamentos de Aristóteles, vocês vão sempre superar todas as adversidades e perante todos ser um exemplo de amizade e coragem.

Que Jah vos abençoe!

Em seguida, lê uma passagem da vida de Aristóteles.

Nessa altura uma grande notícia circulava na cidade de Stagire: os sábios astrólogos reportaram um cometa desconhecido no firmamento. Imediatamente a assembleia da cidade reuniu-se no Ágora, tentando descobrir a mensagem que os céus queriam enviar aos homens. Infelizmente seu coração estava obscurecido pela sua fé errónea em falsos deuses, e eles perderam-se em ímpias sugestões: para uns era a chegada de Hermes de pés alados. Para outros o relâmpago de Zeus abater-se-ia sobre os homens, e chegaria a hora do fim dos tempos. Só na assembleia um homem estava silencioso: a sua esposa estava prestes a dar à luz e a angústia em que estava não lhe permitia intervir. Não era o menos sábio, ou o que não escutou. A nobreza e a Paz espelhava-se no seu rosto, bem como as marcas do trabalho duro e uma vida sem facilidades

.


Temos neste texto o exemplo de um pai nobre e sábio, que deseja a sua mulher e o filho que vai nascer. A sua existência foi marcada pela justiça, trabalho e honra.

Este é o exemplo que todos vocês devem seguir. Honra, justiça, e trabalho diário. É aqui que reside a chave para a felicidade. E assim também as vossas crianças que seguem os vossos passos terão a sabedoria de Aristóteles e a bondade de Christos.

Então o clérigo, dirigindo-se a Dom Richelieu, pergunta.

É de livre vontade que tu, Dom Richelieu Lencastre Lobo, Visconde de Monserrate, entregas a mão de Dama Flora de Monte Cristo a Dom John Rafael Viana Lobo?

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Código:

[b]Sim, é de Livre Vontade![/b]

Após ouvir as palavras do clérigo responde firmemente:
- Sim, é de Livre Vontade!

Monsenhor Guido Henrique de Albuquerque, dirigindo-se então aos padrinhos questiona:

É de livre vontade que vocês testemunham e aprovam esta união?

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Código:

[b]- Sim, é.[/b]