[Cerimónia] Missa Campal e Matrimónio de Pedro Affonso e Flor de Liz

Após sair da mansão Dama Liz e Dama Dionisia seguem na carruagem para a capela militar, no meio do caminho as pessoas saúdam a bela noiva, por alguns momentos Liz fica quieta e com um olhar distante, os pensamentos voltam quando conheceu Pedro e de tudo que viveram até ali, Liz só volta a sorrir quando a menina Dionisia encantada com seu primeiro passeio na carruagem mostra a paisagem. Liz fica sorrindo e observando a menina até que o cocheiro avisa.

- Dama Liz estamos chegando, daqui alguns minutos estaremos na capela.

Liz olha para Dionisia e fica sorridente era uma mistura de alegria, ansiedade e também nervosismo, segurando a mão de Dionisia, Liz comenta.

- Como estou querida? olha como estou tremendo? a menina tenta acalmar a noiva que ao longe vê a capela.

O cocheiro para em frente a capela militar e ajuda as damas a saírem da carruagem, Liz respira fundo e desce ajeitando o vestido. Estava linda, o vestido todo rendado e bordado com pequenas flores ressaltavam a forma delicada do corpo da bela dama, o véu era preso por uma tiara cravejada de diamantes e o buquê era de flores de laranjeira, a menina tinha um semblante angelical, puro e doce. Enquanto arruma o vestido e o longo véu com a ajuda de Dionisia, alguns curiosos se aproximavam para olhar a bela dama, sempre simpática Liz sorria e acenava para as pessoas até que viu seu Pai Marcomartins se aproximar e com os olhos marejados deu um beijo na testa da filha, Liz segurou o choro e junto de seu pai e sua dama de honra se posicionaram até o momento de entrar a capela.

Ana Catarina chegara à capela de São Miguel Arcanjo acompanhada por seu primo Eudóxio e por mais meia dúzia de cavaleiros e porta-estandartes que constituíam a sua guarda. Enquanto os dois desciam para tomar os seus lugares os restantes guardas dispersaram-se ou ficaram a cuidar das montadas no exterior.

- Com tantos soldados presentes nesta cerimónia duvido que corra algum tipo de perigo - disse a Eudóxio em jeito de gracejo, a justificar a desmobilização da guarda.

Após ser anunciada Ana entrou a par de Eudóxio, tomando o seu lugar na igreja.

Vilacovense chega à capela de São Miguel Arcanjo para assistir á cerimónia de casamento do seu amigo de longa data.
Senta-se e reza um credo

Cecillia olha para a capela, enfeitada que só. Linda, linda.
Os olhinhos brilhando, a cabeça deitada no ombro de seu amado. A espera da chegada da noiva.

Dá um beijinho singelo na bochecha de seu amado, aperta mais forte sua mão. Cumprimenta com um sorriso os conhecidos que via, nos outros assentos e fica ansiosa para que ela chegue. Queria ver o quão linda, de certo, ficara Dama Liz. E o quão sorridente e feliz ela adentraria o salão.

Saindo da sacristia, encaminha-se de seguida aos fiéis que o olham com alegria. Aproxima-se do altar e inclina-se perante a cruz de Christos. Descendo um pouco vai saudar a estátua de Aristóteles. Virando-se então para os fieis presentes na Igreja, Monsenhor Guido de Albuquerque dirige-se ao noivo , cumprimentando-o e aguarda a entrada da noiva.

Vendo a entrada da noiva Dama Flor de Liz Miranda de Carvalho, de braço dado com o seu padrinho, dá indicação aos músicos para iniciarem a Marcha Nupcial.

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Marcha Nupcial toca. E a noiva aproxima-se do presbitério.

Dionísia nunca tinha visto um casamento. Na verdade nunca tinha sequer entrado numa igreja. Demorou a entender o que queriam que ela fizesse: Caminhar à frente da noiva, com passos pausados e a jogar pétala de rosas pelo caminho. A parte de jogar pétalas era interessante, mas isso de caminhar pelo meio de um monte de gente bem elegante com seus sapatinhos folgados dava-lhe suores.

Tudo bem que os olhos não iam fixar-se na pequena camponesa enfeitada de dama, mas na belíssima Liz em seu vestido de noiva e em seu lindo sorriso. Ótimo, pois ninguém ia reparar se por um descuido Dio abrisse a boca e deixasse entrever seus dentes tortos. Será que não? Se andar pelo corredor de uma capela cheia era tenso, imagina caminhar entre tantas pessoas que ostentavam ter alto posto no exército? Pior... Se algo desse errado, iria ser pior, com toda a certeza. Mas tudo por dona Liz valeria a pena

Dionísica segurou a cesta bastante cheia com pétalas de flores e começou a caminhar assim que recebeu um empurrão de alguém. A marcha nupcial havia começado e agora começava o trabalho da pequena: caminhar sem cair, encher as mãos na bolsa e jogar no chão formando um tapete para que os sapatinhos da noiva pudessem pisar. De passo em passo, concentrada, decidida, ia cumprindo o seu trabalho, e suas mãos e roupas ficavam cada vez mais com cheirinho de felicidade.

Arrumando o vestido Liz vê seu pai se aproximar, com um beijo na testa Marcomartins se aproxima para levá-la para o altar. O pai estava impaciente, nervoso e teneroso afinal de contas era a sua filha mais nova. Sua menininha teimosa e ciumenta, agora iria se tornar uma mulher, Liz olhava o pai andando de um lado para o outro, ficou lembrando os momentos felizes, as teimosias, os mimos e as birras. Seus olhos enchiam de lágrima ate o momento que se pai aproxima da bela noiva perguntando se podia entrar.

- Chegou a hora neh paizinho? Sim vamos entrar.

Dá o braço para o Pai e olha para a igreja, ia caminhando lentamente e reconhecendo cada amigo e familiar presente. Olhava a menina Dionisia linda, caminhando como uma verdadeira dama em sua frente, sorriu e olhou para o Pai. Parecia tão longo o caminho até o altar, mesmo assim ia caminhando suavemente e sorridente, os olhos brilhavam a cada rosto conhecido; Se aproximando do altar seu pai fala baixinho:

- Querida estamos chegando.

Olhou para o altar e viu os padrinhos em sua posição, sorriu para cada um deles, mas quando seu olhar cruzou com seu noivo era impossível conter a emoção. Algumas lágrimas escorriam de seus olhos, mas eram lágrimas de felicidade. Abriu um largo sorriso para o noivo e falou baixinho:

- Eu te amo.

Os olhos da bela Dama brilhavam enquanto o seu noivo Pedro ia caminhando até a direção de seu pai.

Então já com a noiva no altar, o Capelão-mor cumprimenta brevemente os noivos e padrinhos, dando início à cerimónia.

Estamos hoje aqui reunidos para celebrar o sagrado matrimónio de Dom Pedro Affonso da Silva e Sagres e de Dama Flor de Liz Miranda de Carvalho, testemunhado por Dom Horacius Edgar de Silva e Sagres, Baronete de Trovas e Aventuras e Dama Sbcrugilo Ferreira de Queiróz, Condessa de Sabugosa; e Sr. Nipooo Carvalho Mendonça e Sra. Afrodite Carvalho Mendonça, bem como por todos vós. Dá-me uma grande alegria ter-vos aqui, para que recebam da Igreja o sacramento que irá trazer a vossa felicidade.

Não tomem de ânimo leve o compromisso que irão agora declarar diante de todos. Vocês vão unir-se para o melhor ou para o pior, vocês vão enfrentar as dificuldades, as disputas e as tristezas. Mas com a ajuda de Jah e dos ensinamentos de Aristóteles, vocês vão sempre superar todas as adversidades e perante todos ser um exemplo de amizade e coragem.

Que Jah vos abençoe!

Em seguida, lê uma passagem da vida de Aristóteles.

Nessa altura uma grande notícia circulava na cidade de Stagire: os sábios astrólogos reportaram um cometa desconhecido no firmamento. Imediatamente a assembleia da cidade reuniu-se no Ágora, tentando descobrir a mensagem que os céus queriam enviar aos homens. Infelizmente seu coração estava obscurecido pela sua fé errónea em falsos deuses, e eles perderam-se em ímpias sugestões: para uns era a chegada de Hermes de pés alados. Para outros o relâmpago de Zeus abater-se-ia sobre os homens, e chegaria a hora do fim dos tempos. Só na assembleia um homem estava silencioso: a sua esposa estava prestes a dar à luz e a angústia em que estava não lhe permitia intervir. Não era o menos sábio, ou o que não escutou. A nobreza e a Paz espelhava-se no seu rosto, bem como as marcas do trabalho duro e uma vida sem facilidades.

Temos neste texto o exemplo de um pai nobre e sábio, que deseja a sua mulher e o filho que vai nascer. A sua existência foi marcada pela justiça, trabalho e honra.

Este é o exemplo que todos vocês devem seguir. Honra, justiça, e trabalho diário. É aqui que reside a chave para a felicidade. E assim também as vossas crianças que seguem os vossos passos terão a sabedoria de Aristóteles e a bondade de Christos.

Monsenhor Guido de Albuquerque, dirigindo-se então aos padrinhos questiona:

É de livre vontade que vocês testemunham e aprovam esta união?

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Todos os padrinhos:

Código:

[b]- Sim, é.[/b]

Sheila entra na capela para ver os seus companheiros de armas.

Com um sorriso no rosto Sb responde:

Sim, é!

O momento solene tinha chegado. Os noivos levantam-se e o Capelão-mor dirige-se a eles.

Dom Pedro Affonso da Silva e Sagres aceitas Dama Flor de Liz Miranda de Carvalho para esposa na santidade e na confiança, para viver com ela com amor, todos os dias?

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Código:

[b]Sim, eu aceito.[/b]

Desejas fazer depender a tua felicidade da sua felicidade, dando pelo exemplo da vossa união um sinal visível da amizade de Jah sobre a Terra?

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Código:

[b]Sim, eu desejo.[/b]